terça-feira, 4 de maio de 2010

Semana "JOSÉ MANUEL CAPÊLO" ( III )


José Manuel Gomes Gonçalves Capêlo, nasceu a 29 de Janeiro de 1946, em Castelo Branco. Faleceu na vila de Campo Maior , onde fixara residência, em 27 de Fevereiro de 2010.
A  profissão de comissário de bordo, na TAP que teve durante anos permitiu-lhe conhecer muitos países.  
Poeta, ficcionista, investigador e editor, colaborou  em jornais e revistas em Portugal e no estrangeiro. Algumas das suas obras foram traduzidas e publicadas em países como:  Brasil, Espanha, França, Inglaterra, República Popular da China e Estados Unidos da América.
Das obras Poesia destacam-se: "Miragem", Montanha, Lisboa, 1978; "Corpo-terra", Trelivro, Lisboa, 1982; "Fala do Homem Sozinho", Danúbio, Lisboa, 1983; "Rostos e Sombras," Sílex, Lisboa, 1986; "O Incontável Horizonte", Património XXI, Lisboa, 1988; "Enche-se de Eco a Cidade" ,Átrio, Lisboa, 1989; "A Voz dos Temporais", Átrio, Lisboa, 1991; "Quanto desta terra é", Átrio, Lisboa, 1992; "Odes Submersas", Átrio, Lisboa, 1995; "A noite das Lendas", Aríon, Lisboa, 2000. 
Dos ensaios históricos sobressaem:   "Os Mistérios Templários à Luz da História e da Tradição", Zéfiro, Sintra, 2007; "Portugal templário, relação e sucessão dos seus Mestres [1124-1314]",2ª edição, Zéfiro, Lisboa, 2008. 
Foi grande o número de autores portugueses que publicou como editor: António Quadros, Dalila Pereira da Costa, João Rui de Sousa, António Ramos Rosa, António Manuel Couto Viana, António Telmo, António Salvado,  Joaquim Pessoa, António Barahona, Albano Martins, Dórdio Guimarães e vários outros.

Levaram-me tão cedo de casa de meus pais!...
Ainda mal tinha descoberto o sol
já o mar me puxava para terra estranha
e aves diferentes, que nunca conhecera
voavam sobre mim em gritos estridentes.
O casco do navio seguia, deixando na esteira
ondas de espuma, que se perdiam para lá
- donde tinha vindo-
do difícil do voltar a ter
não fossem os anos a passar, conscientes
da minha inconsciência de razão.

Levaram-me tão cedo de casa de meus pais!...
Quando voltei, também eles não estavam lá...


In,  "Y si no existieses?", Zaragoza, 2003

4 comentários:

carlos disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
carlos disse...

Tive o prazer de o conhecer casualmente há cerca de 6 meses. Combinámos um café para um outro dia, no Ponto Final ou na Biquinha, sítios aonde, segundo me disse, costumava ir.

Mas não chegou o dia.
Ficou adiado esse café e pendente uma conversa que prometia ser rica e interessante.

Sem practicamente o conhecer, posso dizer foi uma perda que me deixou muita pena.

carlos disse...

Ainda agora me pergunto o que teria sido feito dos seus fiéis companheiros...

filipe disse...

Os fiéis companheiros ficaram com os amigos,outros com os amigos dos amigos,estariam muito melhor com ele,mas o que fazer,se Deus assim o quis, agora resta-nos aquela linha subtil,mas muito profunda que une os que o conheceram e essa é eterna.