quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Sophia

Da lusitana antiga fidalguia
um dizer claro e justo e franco
uma concreta e certa geometria
uma estética do branco
debruado de azul.

Sua escrita é de nau e singradura
e há nela o mar o mapa a maravilha.

Sophia lê-se como quem procura
a ilha sempre mais ao sul.

 
Manuel Alegre


Sophia de Mello Breyner Andresen é, sem sombra de dúvida, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos – um nome que se transformou, em sinónimo de Poesia e de musa da própria poesia. Nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. Faleceu em  Lisboa, em 2 de Julho de 2004


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