domingo, 30 de janeiro de 2011

PARA SOPHIA DE MELLO BREYNER ANDRESEN

Vejo-te sempre vertical num apogeu azul
em que celebras as coisas e pronuncias os nomes
com a claridade das cúpulas e das evidências solares
Em ímpetos claros vais figurando o cristal
que dos actos transferes para as palavras límpidas
(…)
És o dia a claridade do dia dominado
e de cimo em declive és o oriente amanhecendo
Frágil é o teu poder? Frágil e perfeitíssimo
(…)

António Ramos Rosa


Sophia de Mello Breyner Andresen é, sem sombra de dúvida, um dos maiores poetas portugueses contemporâneos – um nome que se transformou, em sinónimo de Poesia e de musa da própria poesia. Nasceu no Porto, em 1919, no seio de uma família aristocrática. Faleceu em  Lisboa, em 2 de Julho de 2004

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