Sob a grande neblina livre e monge mil e quinhentas donzelas protegem o meu pulso mineral e morto. Procuro no meu sangue. Encontro? Encontro, meu amor, encontro? Alto mar as imagens acordam uma surpresa. Braço no braço uma meiguice sagra-me pajem das tuas mãos. Dormem. Deixá-lo! Mas já a minha voz acorda os esponsais. Brilha que brilha medito: melhor se me afigura a noite sem termo. Levanto o teu retrato ao plano dos meus olhos - assim cheguei porque suceda em breve agitado e nervoso o meu corpo e ainda verás nele claro espelho do teu esplendor. Fernando Alves dos Santos in A Única Real Tradição Viva Antologia da Poesia Surrealista Portuguesa de Perfecto E. Cuadrado Assírio & Alvim 1998
sábado, 9 de fevereiro de 2013
Caia a grande neblina
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário