sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SONETO DE AMOR

Dos amantes dichosos hacan un solo pan,
una sola gota de luna en la hierba,
dejan andando dos sombras que se reúnen,
dejan un solo vacío en una cama.

De todas las verdades escogieron el día:
no se ataron com hilos sino con un aroma,
y no despedazaron la paz ni las palabras.
La dicha es una torre transparente.

El aire, el vino van con los amantes,
la noche les regala sus pétalos dichosos,
tienen derecho a todos los claveles.

Dos amantes dichosos no tienen fin ni muerte,
nacen y mueren muchas veces mientras viven,
tienen la eternidad de la naturaleza.

Pablo Neruda, pseudónimo de um poeta que, de seu nome de cidadão, se chamava Ricardo Eliézer Neftalí Ryes Basoalto, que nasceu em Parral no dia 12 de Julho de 1904 e morreu em Santiago do Chile no dia 23 de Setembro de 1973. Começou por ser professor, serviu como cônsul na Birmânia, no Ceilão, em Singapura, em Barcelona, em Madrid onde estava quando se desencadeou a Guerra Civil, passando depois desta a desempenhar as funções de cônsul para emigração espanhola, com residência em Paris.
Desde há muitos anos que era militante do Partido Comunista Chileno. Quando este foi ilegalizado, pela ditadura militar que derrubou o governo de Allende, exilou-se tendo passado temporadas em países da Europa Ocidental e na Rússia e outros países de Leste.

Entre muitas distinções, recebeu, em 1953, o prémio Lenine da Paz e, em 1971, o Prémio Nobel da Literatura. Deixou uma extensa obra poética que, partindo do pós-modernismo, passou pelo vanguardismo e pela poesia de temática social. Também publicou uma peça de teatro "Fulgor y Muerte de Joaquín Murieta" (1967) e "Confesso que vivi", obra de carácter autobiográfico (1974).

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