sexta-feira, 20 de setembro de 2013

POETAR FILOSOFANDO – FILOSOFAR POETANDO (IV)



Saber Avaliar as Situações

O que perturba os homens não são as coisas, mas os juízos que os homens formulam sobre as coisas.
A morte, por exemplo, nada tem nada de temível.
Sócrates, quando dele se aproximou a morte, não a considerou algo terrível.
No juízo que fazemos da morte é que reside o aspecto terrível da morte.
Quando somos hostilizados, contrariados, perturbados, atormentados e magoados, não devemos assacar as culpas aos outros. Quando muito, devemos atribuir as culpas a nós próprios; isto é, aos nossos juízos pessoais mais íntimos. Acusar os outros das nossas infelicidades é tomar uma atitude própria de um ignorante. Mas, responsabilizar-se a si próprio por todas as contrariedades é coisa própria de um homem que começa a ter consciência de si.
E se não se culpabilizar ninguém, nem tão pouco a si próprio, então, sim: Então já podemos considerar-nos como verdadeiramente sábios.

Epicteto, in 'Manual'
 

Sem comentários: