sábado, 29 de setembro de 2007

DI-VERSOS

Uma folha em branco!

Que escrever nela?

Quimera?... Ilusão?

Não!

Nada?

Também não!

Está escrita então!

sexta-feira, 28 de setembro de 2007

SILÊNCIO II

Nem toda a solidão é mágoa.
Por vezes é mansa quietude,
É sossego e silêncio.

Vejo-me num tempo, sem tempo.
Imagens desfilam lentas,
Sem ordem.

O passado, é memória.
Não angustia,
Só o presente ... Só o presente.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

SILÊNCIO I

No silêncio onde me resguardo,
Fico.
E, assim, quieto, me conservo.
Na luz branda do fim do dia,
Me aconchego.
As mãos pousadas sobre os joelhos,
O olhar parado.
E vejo para dentro de mim.

domingo, 23 de setembro de 2007

DA FELICIDADE

Todas as pessoas concebem, ao longo da sua vida, um ideal de felicidade. Mas a felicidade como estado permanente não existe. Existem apenas momentos felizes. É por não conceberem claramente isto que muitos se atormentam na busca de uma vida feliz, sem darem valor aos melhores momentos que podem viver. Claro que o destino dos seres humanos é não apenas viver, mas procurar viver bem. Mas, para isso, é preciso aceitar que o bem viver absoluto é inatingível.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

DA FILOSOFIA

É vã toda a palavra do filósofo que não remedeia nenhum dos sofrimentos dos humanos, pois que assim como é inútil toda a medicina que não suprime as enfermidades do corpo, também é inutil a filosofia que não suprime oa sofrimentos da alma. ( Epicuro )

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Sentença II

O prazer foge-nos mais do que o vento. Acaba sem nunca saciar. Quanto mais se alcança mais se deseja.
Por isso, a virtude e o bem-estar, estão na abstinência e na desistência de o procurar.
Só conservando o espirito sereno podemos agir com liberdade, com racionalidade e representar dignamente o papel que nos cabe dentro das circunstâncias que determinam o nosso viver.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Sentença I

Se pretendes atingir a sabedoria, procura saber um pouco acerca de quase tudo; ou saber quase tudo acerca de poucas coisas.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

CURAR E CUIDAR

Quando, muito mais jovem, tinha de ir ao médico, pensava que ia reencontrar alguém que me conhecia, que eu conhecia também, portanto, rever alguém a que me ligava algum afecto. PrIncipalmente quando se tratava do meu velho médico, a quem mentalmente chamava o "meu João Semana", desde que, ainda muito novo, começara a ler Júlio Dinis. Conhecia-me desde que nascera, embora não me tivesse aparado como parteiro. Isso era tarefa para a "comadre Zefa" pois, nesse tempo, os médicos só intervinham em caso de complicação. Acompanhou-me pela vida fora. Celebrou os meus sucessos, compadeceu-se com os meus sofrimentos, apoiou-me quando persentiu que eu estava atormentado por problemas. A sua sagacidade e grande experiência, apesar dos fracos recursos curativos de que dispunha, resolveram alguns dos complicados problemas de saúde com que me enfrentei. Contava com ele e nele depositava a confiança de quem estava seguro de estar nas mãos de quem por mim se interessava. Depois, quando tive de partir, conheci ainda outros médicos que, embora não me conhecessem tão bem, conseguiam fazer-me crer que se ineressavam pelos problemas que me atormentavam. As consultas eram essencialmente uma procura de compreender razões, causas, antecedentes. Antes de decidirem da cura para o doente, os médicos começavam por tentar entender a pessoa de quem tinham de cuidar.
Agora, sempre que vou ao médico sinto bastante desconforto e algum constrangimento. Não há conversa. Apenas um sucinto e frio questionário seguido de uma lista de exames de laboratório a efectuar ou da recomendação do médico especialista a consultar. Já tenho tido a sensação de que alguns nem me olharam.
É certo que, com a vasta panóplia de recursos de que dispõem, as mais das vezes acabam por resolver os nossos problemas com as doenças. Mas que mal cuidam de nós como pessoas...

domingo, 16 de setembro de 2007

Saudação

As minhas saudações a todos os potenciais leitores.
Aqui irei lançando as minhas reflexões.
Deste "vale de lobos" onde me refugiei, irei reflectindo sobre as coisas de que se fez o meu viver e sobre as que forem afectanto as minhas actuais vivências.
Salvé!