1.
A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo
cintila,
a boca espera
(que pode uma boca
esperar
senão outra boca?)
espera o ardor
do vento
para ser ave,
e cantar.
2.
Levar-te à boca,
beber a água
mais funda do teu ser -
se a luz é tanta,
como se pode morrer?
Eugénio de Andrade
sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário