terça-feira, 1 de julho de 2008

QUIETUDE

Que poema de paz agora me apetece!
Sereno,
Transparente.
A surgir somente
Um rio já cansado de correr,
Um doce entardecer,
Um fim de sementeira.
Versos como cordeiros a pastar,
Sem o meu nome, em baixo, a recordar
Os outros que cantei a vida inteira.


Miguel Torga

Sem comentários: