Uma música melodicamente repetitiva. Quase minimalista. Soando alto até se tornar incómoda, obsessiva.
Um homem jovem, vestido por estranhos elementos, assumindo gestos de equívoca sexualidade.
Destravestiu-se, até quase à nudez, em longos minutos que pareceram infindos.
Depois, recomeçou em gestos lentos, lânguidos, a travestir nova personagem.
De novo a exasperante mudez do homem e a insuportável cadência da música.
Tudo isto, assim: desinteressante, incompreensível, inútil.
Como meia-hora pode ser um tempo tão dolorosamente longo!!!!!!!!
Alguns espectadores riam nervosamente. Outros, como eu, entediavam-se em silêncio.
Ao intervalo, boa parte debandou.
Foi a única forma inteligente e bem educada de expressarem o desagrado.
Certas propostas, presumidamente artísticas, põem-nos a pensar:
Onde acaba a Arte e começa o descaramento?!
Sem comentários:
Enviar um comentário