Depõe silenciosamente as
mãos em concha
no alto de loucuras astrais
pelo vago isoladas
Mas serve
no inevitável percurso
quotidiano
as duras queixas que o
amador amigo apresenta
regularmente
De inquebrantável desejo o
adejar das águias
áleas esguias de serpentes
escoando o medo
diante dos passos que
acompanham
essas mãos.
Do cão forçosamente recto.
Atento. Unilinear e
imerso
em cava escuridade de
pressentimentos ocos
roucos sons de malogro.
Quando do violino se partiu
a corda
os altos candeeiros
estremeceram
e ferozmente se abriram as
janelas
para as árvores sombrias no
alto céu estrelado.
Eram assim os jardins dessa
ignorada noite.
Vagueamos, parados, no doce
canto do silêncio
soltando pérolas pelos lagos
do lado
As sombras enrolam-se tu
dizes sei
e o fantasma perde-se, voz
impoluta
Serenamente vivo
a presença do canto