sábado, 23 de maio de 2009

A calúnia

A calúnia é um vício curioso: tentar matá-la fá-la viver;
deixá-la tranquila, leva-a a morrer de morte natural.
Thomas Paine (1737 – 1809)

Tenho dificuldade em aceitar como certa no seu significado esta afirmação. O conteúdo desta frase enquanto pensamento e juízo crítico, incide sobre o que considero um dos mais odiosos e hediondos comportamentos humanos.
A calúnia é construída para que pareça verdade o que se congeminou na consciência plena de que se trata de uma invenção mentirosa. É posta a circular com objectivos ou estúpidos ou nefastos, de forma a gerar o pânico, influenciar atitudes ou ferir a honra, o carácter, a idoneidade, a credibilidade ou a integridade moral de uma ou de várias pessoas, grupos de pessoas ou instituições.
Uma vez posta em marcha, torna-se muito difícil desactivá-la porque haverá sempre tolos e ingénuos, de pensamento primário e pouco crítico, para a aceitarem e se tornarem seus repetidores, promovendo a sua difusão. Apesar disso devemos procurar combatê-la, recorrendo a provas que permitam desmacará-la, tentando desmontar os seus processos e intenções.
A verdade é que não é seguro que todas morram de morte natural. Algumas tornam-se tão persistentes que, mesmo quando já estão esquecidas, persistem os efeitos nefastos, dos prejuízos e das injustiças que provocaram.
Há uma forma simples, certa e segura para combater a calúnia: recusar firmemente repetí-la para evitar a sua propagação.

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