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sábado, 5 de junho de 2010

Semana "PABLO NERUDA ( VII )


Pablo Neruda nasceu em 14 de Julho de 1904, tendo sido registado como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de um operário ferroviário, e de uma professora primária que morreu quando o filho tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adoptou o pseudónimo de Pablo Neruda devido à sua admiração pelo escritor checo Jan Neruda. O pseudónimo tornou-se seu nome legal, após modificação do nome civil. Publicou os seus primeiros versos com apenas treze anos. Em 1921 radicou-se em Santiago do Chile, onde estudou pedagogia. Publicou então os seus primeiros livro se poesia e obteve os primeiros prémios como poeta. Em 1927 começou sua longa carreira como diplomata que o levou a muitas partes do mundo. Estava em Espanha quando, em 1936, rebentou a Guerra Civil. Neruda escreveu “Espanha no coração” e foi destituído do cargo consular que ocupava. Em 1945 foi eleito senador e foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura. Em 1950 publicou “Canto Geral”, em que sua poesia adoptou a acentuação social, ética e política que tanto a caracterizou. Em 1994 no filme “O Carteiro de Pablo Neruda” foi contada a sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. Nesta obra de ficção, a acção foi transposta para a Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pedia que o ensinasse a escrever versos, para poder conquistar uma bonita moça do povoado.
Nos anos setenta foi apresentado como candidato à Presidência da República. Desistiu para que Allende pudesse vencer, pois ambos acreditavam que, com o socialismo, pudesse existir uma situação mais próspera e mais justa no Chile.

Gosto quando te calas 

Gosto quando te calas porque estás como ausente,
e me ouves de longe, minha voz não te toca.
Parece que os olhos tivessem de ti voado
e parece que um beijo te fechara a boca.
Como todas as coisas estão cheias da minha alma
emerge das coisas, cheia da minha alma.
Borboleta de sonho, pareces com minha alma,
e te pareces com a palavra melancolia.
Gosto de ti quando calas e estás como distante.
E estás como que te queixando, borboleta em arrulho.
E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança:
Deixa-me que me cale com o silêncio teu.
Deixa-me que te fale também com o teu silêncio
claro como uma lâmpada, simples como um anel.
És como a noite, calada e constelada.
Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo.
Gosto de ti quando calas porque estás como ausente.
Distante e dolorosa como se tivesses morrido.
Uma palavra então, um sorriso bastam.
E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.

sexta-feira, 4 de junho de 2010

Semana "PABLO NERUDA ( VI )


Pablo Neruda nasceu em 14 de Julho de 1904, tendo sido registado como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de um operário ferroviário, e de uma professora primária que morreu quando o filho tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adoptou o pseudónimo de Pablo Neruda devido à sua admiração pelo escritor checo Jan Neruda. O pseudónimo tornou-se seu nome legal, após modificação do nome civil. Publicou os seus primeiros versos com apenas treze anos. Em 1921 radicou-se em Santiago do Chile, onde estudou pedagogia. Publicou então os seus primeiros livro se poesia e obteve os primeiros prémios como poeta. Em 1927 começou sua longa carreira como diplomata que o levou a muitas partes do mundo. Estava em Espanha quando, em 1936, rebentou a Guerra Civil. Neruda escreveu “Espanha no coração” e foi destituído do cargo consular que ocupava. Em 1945 foi eleito senador e foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura. Em 1950 publicou “Canto Geral”, em que sua poesia adoptou a acentuação social, ética e política que tanto a caracterizou. Em 1994 no filme “O Carteiro de Pablo Neruda” foi contada a sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. Nesta obra de ficção, a acção foi transposta para a Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pedia que o ensinasse a escrever versos, para poder conquistar uma bonita moça do povoado.
Nos anos setenta foi apresentado como candidato à Presidência da República. Desistiu para que Allende pudesse vencer, pois ambos acreditavam que, com o socialismo, pudesse existir uma situação mais próspera e mais justa no Chile.
Talvez
Talvez não ser,
é ser sem que tu sejas,
sem que vás cortando
o meio-dia com uma
flor azul,
sem que caminhes mais tarde
pela névoa e pelos tijolos,
sem essa luz que levas na mão
que, talvez, outros não verão dourada,
que talvez ninguém
soube que crescia
como a origem vermelha da rosa,
sem que sejas, enfim,
sem que viesses brusca, incitante
conhecer a minha vida,
rajada de roseira,
trigo do vento,
E desde então, sou porque tu és
E desde então és
sou e somos...
E por amor
Serei... Serás...Seremos...

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Semana "PABLO NERUDA ( V )


 Pablo Neruda nasceu em 14 de Julho de 1904, tendo sido registado como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de um operário ferroviário, e de uma professora primária que morreu quando o filho tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adoptou o pseudónimo de Pablo Neruda devido à sua admiração pelo escritor checo Jan Neruda. O pseudónimo tornou-se seu nome legal, após modificação do nome civil. Publicou os seus primeiros versos com apenas treze anos. Em 1921 radicou-se em Santiago do Chile, onde estudou pedagogia. Publicou então os seus primeiros livro se poesia e obteve os primeiros prémios como poeta. Em 1927 começou sua longa carreira como diplomata que o levou a muitas partes do mundo. Estava em Espanha quando, em 1936, rebentou a Guerra Civil. Neruda escreveu “Espanha no coração” e foi destituído do cargo consular que ocupava. Em 1945 foi eleito senador e foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura. Em 1950 publicou “Canto Geral”, em que sua poesia adoptou a acentuação social, ética e política que tanto a caracterizou. Em 1994 no filme “O Carteiro de Pablo Neruda” foi contada a sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. Nesta obra de ficção, a acção foi transposta para a Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pedia que o ensinasse a escrever versos, para poder conquistar uma bonita moça do povoado.
Nos anos setenta foi apresentado como candidato à Presidência da República. Desistiu para que Allende pudesse vencer, pois ambos acreditavam que, com o socialismo, pudesse existir uma situação mais próspera e mais justa no Chile.

Vês estas mãos?
Mediram a terra, separaram os minerais e os cereais,
fizeram a paz e a guerra, derrubaram as distâncias
de todos os mares e rios,
e, no entanto, quando te percorrem a ti,
pequena, grão de trigo, andorinha,
não chegam para abarcar-te,
esforçadas alcançam as palomas gémeas
que repousam ou voam no teu peito,
percorrem as distâncias de tuas pernas,
enrolam-se na luz de tua cintura.
Para mim és tesouro mais intenso de imensidão
que o mar e sua ondulação
e és branca, és azul e extensa como a terra na vindima.
Nesse território, de teus pés à tua fronte,
andando, andando, andando, eu passarei a vida.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Semana "PABLO NERUDA ( IV )


 Pablo Neruda nasceu em 14 de Julho de 1904, tendo sido registado como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de um operário ferroviário, e de uma professora primária que morreu quando o filho tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adoptou o pseudónimo de Pablo Neruda devido à sua admiração pelo escritor checo Jan Neruda. O pseudónimo tornou-se seu nome legal, após modificação do nome civil. Publicou os seus primeiros versos com apenas treze anos. Em 1921 radicou-se em Santiago do Chile, onde estudou pedagogia. Publicou então os seus primeiros livro se poesia e obteve os primeiros prémios como poeta. Em 1927 começou sua longa carreira como diplomata que o levou a muitas partes do mundo. Estava em Espanha quando, em 1936, rebentou a Guerra Civil. Neruda escreveu “Espanha no coração” e foi destituído do cargo consular que ocupava. Em 1945 foi eleito senador e foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura. Em 1950 publicou “Canto Geral”, em que sua poesia adoptou a acentuação social, ética e política que tanto a caracterizou. Em 1994 no filme “O Carteiro de Pablo Neruda” foi contada a sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. Nesta obra de ficção, a acção foi transposta para a Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pedia que o ensinasse a escrever versos, para poder conquistar uma bonita moça do povoado.
Nos anos setenta foi apresentado como candidato à Presidência da República. Desistiu para que Allende pudesse vencer, pois ambos acreditavam que, com o socialismo, pudesse existir uma situação mais próspera e mais justa no Chile.

Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Semana "PABLO NERUDA" ( III)


 Pablo Neruda nasceu em 14 de Julho de 1904, tendo sido registado como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de um operário ferroviário, e de uma professora primária que morreu quando o filho tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adoptou o pseudónimo de Pablo Neruda devido à sua admiração pelo escritor checo Jan Neruda. O pseudónimo tornou-se seu nome legal, após modificação do nome civil. Publicou os seus primeiros versos com apenas treze anos. Em 1921 radicou-se em Santiago do Chile, onde estudou pedagogia. Publicou então os seus primeiros livro se poesia e obteve os primeiros prémios como poeta. Em 1927 começou sua longa carreira como diplomata que o levou a muitas partes do mundo. Estava em Espanha quando, em 1936, rebentou a Guerra Civil. Neruda escreveu “Espanha no coração” e foi destituído do cargo consular que ocupava. Em 1945 foi eleito senador e foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura. Em 1950 publicou “Canto Geral”, em que sua poesia adoptou a acentuação social, ética e política que tanto a caracterizou. Em 1994 no filme “O Carteiro de Pablo Neruda” foi contada a sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. Nesta obra de ficção, a acção foi transposta para a Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pedia que o ensinasse a escrever versos, para poder conquistar uma bonita moça do povoado.
Nos anos setenta foi apresentado como candidato à Presidência da República. Desistiu para que Allende pudesse vencer, pois ambos acreditavam que, com o socialismo, pudesse existir uma situação mais próspera e mais justa no Chile.

Não te quero senão porque te quero,
e de querer-te a não te querer chego,
e de esperar-te quando não te espero,
passa o meu coração do frio ao fogo.
Quero-te só porque a ti te quero.
Odeio-te sem fim e odiando te rogo,
e a medida do meu amor viajante,
é não te ver e amar-te,
como um cego.
Tal vez consumirá a luz de Janeiro,
seu raio cruel meu coração inteiro,
roubando-me a chave do sossego,
nesta história só eu me morro,
e morrerei de amor porque te quero,
porque te quero amor,
a sangue e fogo.

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Semana "PABLO NERUDA" ( II)

Pablo Neruda nasceu em 14 de Julho de 1904, tendo sido registado como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de um operário ferroviário, e de uma professora primária que morreu quando o filho tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adoptou o pseudónimo de Pablo Neruda devido à sua admiração pelo escritor checo Jan Neruda. O pseudónimo tornou-se seu nome legal, após modificação do nome civil. Publicou os seus primeiros versos com apenas treze anos. Em 1921 radicou-se em Santiago do Chile, onde estudou pedagogia. Publicou então os seus primeiros livro se poesia e obteve os primeiros prémios como poeta. Em 1927 começou sua longa carreira como diplomata que o levou a muitas partes do mundo. Estava em Espanha quando, em 1936, rebentou a Guerra Civil. Neruda escreveu “Espanha no coração” e foi destituído do cargo consular que ocupava. Em 1945 foi eleito senador e foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura. Em 1950 publicou “Canto Geral”, em que sua poesia adoptou a acentuação social, ética e política que tanto a caracterizou. Em 1994 no filme “O Carteiro de Pablo Neruda” foi contada a sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. Nesta obra de ficção, a acção foi transposta para a Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pedia que o ensinasse a escrever versos, para poder conquistar uma bonita moça do povoado.
Nos anos setenta foi apresentado como candidato à Presidência da República. Desistiu para que Allende pudesse vencer, pois ambos acreditavam que, com o socialismo, pudesse existir uma situação mais próspera e mais justa no Chile.

Ângela Adónica

Hoje deitei-me junto a uma jovem pura
como se na margem de um oceano branco,
como se no centro de uma ardente estrela
de lento espaço.
Do seu olhar largamente verde
a luz caía como uma água seca,
em transparentes e profundos círculos
de fresca força.
Seu peito como um fogo de duas chamas
ardia em duas regiões levantado,
e num duplo rio chegava a seus pés,
grandes e claros.
Um clima de ouro madrugava apenas
as diurnas longitudes do seu corpo
enchendo-o de frutas estendidas
e oculto fogo..


domingo, 30 de maio de 2010

Semana "PABLO NERUDA ( I )


 Pablo Neruda nasceu em 14 de Julho de 1904, tendo sido registado como Ricardo Eliécer Neftalí Reyes Basoalto. Era filho de um operário ferroviário, e de uma professora primária que morreu quando o filho tinha apenas um mês de vida. Ainda adolescente adoptou o pseudónimo de Pablo Neruda devido à sua admiração pelo escritor checo Jan Neruda. O pseudónimo tornou-se seu nome legal, após modificação do nome civil. Publicou os seus primeiros versos com apenas treze anos. Em 1921 radicou-se em Santiago do Chile, onde estudou pedagogia. Publicou então os seus primeiros livro se poesia e obteve os primeiros prémios como poeta. Em 1927 começou sua longa carreira como diplomata que o levou a muitas partes do mundo. Estava em Espanha quando, em 1936, rebentou a Guerra Civil. Neruda escreveu “Espanha no coração” e foi destituído do cargo consular que ocupava. Em 1945 foi eleito senador e foi distinguido com o Prémio Nacional de Literatura. Em 1950 publicou “Canto Geral”, em que sua poesia adoptou a acentuação social, ética e política que tanto a caracterizou. Em 1994 no filme “O Carteiro de Pablo Neruda”  foi contada a sua história na Isla Negra, no Chile, com sua terceira mulher Matilde. Nesta obra de ficção, a acção foi transposta para a Itália, onde Neruda se teria exilado. Lá, numa ilha, torna-se amigo de um carteiro que lhe pedia que o ensinasse a escrever versos, para poder conquistar uma bonita moça do povoado.
Nos anos setenta foi apresentado como candidato à Presidência da República. Desistiu para que Allende pudesse vencer, pois ambos acreditavam que, com o socialismo, pudesse existir uma situação mais próspera e mais justa no Chile.


A Noite na Ilha
Dormi contigo a noite inteira junto do mar, na ilha.
Selvagem e doce eras entre o prazer e o sono,
entre o fogo e a água.
Talvez bem tarde nossos
sonos se uniram na altura e no fundo,
em cima como ramos que um mesmo vento move,
em baixo como raízes vermelhas que se tocam.
Talvez teu sono se separou do meu e pelo mar escuro
me procurava como antes, quando nem existias,
quando sem te enxergar naveguei a teu lado
e teus olhos buscavam o que agora - pão,
vinho, amor e cólera - te dou, cheias as mãos,
porque tu és a taça que só esperava
os dons da minha vida.
Dormi junto contigo a noite inteira,
enquanto a escura terra gira com vivos e com mortos,
de repente desperto e no meio da sombra meu braço
rodeava tua cintura.
Nem a noite nem o sonho puderam separar-nos.
Dormi contigo, amor, despertei, e tua boca
saída de teu sono me deu o sabor da terra,
de água marinha, de algas, de tua íntima vida,
e recebi teu beijo molhado pela aurora
como se me chegasse do mar que nos rodeia.






sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

SONETO DE AMOR

Dos amantes dichosos hacan un solo pan,
una sola gota de luna en la hierba,
dejan andando dos sombras que se reúnen,
dejan un solo vacío en una cama.

De todas las verdades escogieron el día:
no se ataron com hilos sino con un aroma,
y no despedazaron la paz ni las palabras.
La dicha es una torre transparente.

El aire, el vino van con los amantes,
la noche les regala sus pétalos dichosos,
tienen derecho a todos los claveles.

Dos amantes dichosos no tienen fin ni muerte,
nacen y mueren muchas veces mientras viven,
tienen la eternidad de la naturaleza.

Pablo Neruda, pseudónimo de um poeta que, de seu nome de cidadão, se chamava Ricardo Eliézer Neftalí Ryes Basoalto, que nasceu em Parral no dia 12 de Julho de 1904 e morreu em Santiago do Chile no dia 23 de Setembro de 1973. Começou por ser professor, serviu como cônsul na Birmânia, no Ceilão, em Singapura, em Barcelona, em Madrid onde estava quando se desencadeou a Guerra Civil, passando depois desta a desempenhar as funções de cônsul para emigração espanhola, com residência em Paris.
Desde há muitos anos que era militante do Partido Comunista Chileno. Quando este foi ilegalizado, pela ditadura militar que derrubou o governo de Allende, exilou-se tendo passado temporadas em países da Europa Ocidental e na Rússia e outros países de Leste.

Entre muitas distinções, recebeu, em 1953, o prémio Lenine da Paz e, em 1971, o Prémio Nobel da Literatura. Deixou uma extensa obra poética que, partindo do pós-modernismo, passou pelo vanguardismo e pela poesia de temática social. Também publicou uma peça de teatro "Fulgor y Muerte de Joaquín Murieta" (1967) e "Confesso que vivi", obra de carácter autobiográfico (1974).