Aceitemos sem mágua
Que descendo vai
O véu outonal
Do nosso viver
Aceitando
Que deixando de ser
Fogosos amantes
Saibamos ficar
Ternos companheiros
Muito serenos
E nada distantes
domingo, 31 de agosto de 2008
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
MOMENTO II
Este calor pesado
Que vai madurando as uvas
Gerando o vinho
Que nos aquecerá
Chegando o frio Imverno
Sufoca-me
Neste final de Verão
Venha a mim o teu império
Natureza-mãe
Força geradora de todas as coisas
Seja feita a tua vontade
Aqui na terra
Reconheço a tua lei
Em assumida resignação
Que vai madurando as uvas
Gerando o vinho
Que nos aquecerá
Chegando o frio Imverno
Sufoca-me
Neste final de Verão
Venha a mim o teu império
Natureza-mãe
Força geradora de todas as coisas
Seja feita a tua vontade
Aqui na terra
Reconheço a tua lei
Em assumida resignação
terça-feira, 26 de agosto de 2008
IMPERFEITO EM FORMA DE SONETO
Quieta melancolia
um sol que acalenta
e quase me sufoca
de tamanha solidão
Assim o Verão
do esbraseado sul
ventre gerador
refúgio e terra-mãe
Nesta casa onde regresso
me criei e me reencontro
na renúncia redescubro a quietação
Venho no presente
Ciente do fim pressentido
Em busca do que há muito tempo fui
um sol que acalenta
e quase me sufoca
de tamanha solidão
Assim o Verão
do esbraseado sul
ventre gerador
refúgio e terra-mãe
Nesta casa onde regresso
me criei e me reencontro
na renúncia redescubro a quietação
Venho no presente
Ciente do fim pressentido
Em busca do que há muito tempo fui
sábado, 23 de agosto de 2008
RETORNO
De volta ao rotinado
(ou, rotineiro?) viver.
De que se faz uma vida?
Desta rotina rotina infinda
da re-construção do ser?
Do aceitar nasce a serena condição
de ir sendo
realizando
Da revolta,
a angústia
o desespero
a des-construção
Como da busca do prazer
nasce a permanente carência,
só a renúncia garante a quietação.
(ou, rotineiro?) viver.
De que se faz uma vida?
Desta rotina rotina infinda
da re-construção do ser?
Do aceitar nasce a serena condição
de ir sendo
realizando
Da revolta,
a angústia
o desespero
a des-construção
Como da busca do prazer
nasce a permanente carência,
só a renúncia garante a quietação.
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
REGRESSANDO ...
Volto à casa
nave-mãe de todas viagens
Aqui me construo
e desconstruo
No infindável retorno
da vida que fui
do viver presente
Do que o futuro
me vai permitir
Do que eu
por minha vontade
deixar acontecer.
nave-mãe de todas viagens
Aqui me construo
e desconstruo
No infindável retorno
da vida que fui
do viver presente
Do que o futuro
me vai permitir
Do que eu
por minha vontade
deixar acontecer.
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